terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Salmo 85


SALMO 85
Inclinai, ó Senhor, vosso ouvido, escutai, pois sou pobre e infeliz! Protegei-me, que sou vosso amigo, e salvai vosso servo, meu Deus, que espera e confia em vós!
R: Inclinai vosso ouvido, ó Senhor, e respondei-me!
- Piedade de mim, ó Senhor, porque clamo por vós todo o dia! Animai e alegrai vosso servo, pois a vós eu elevo a minh'alma.
R: Inclinai vosso ouvido, ó Senhor, e respondei-me!
- Ó Senhor, vós sois bom e clemente, sois perdão para quem vos invoca. Escutai, ó Senhor, minha prece, o lamento da minha oração!
R: Inclinai vosso ouvido, ó Senhor, e respondei-me!

Comportamento controlado

“Nem sempre consigo controlar o que sinto a respeito de outras pessoas, mas, posso controlar como me comporto em relação a elas”

Evangelho (Marcos 5,21-43)

31 de Janeiro de 2012 
4ª Semana do Tempo Comum 


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 21Jesus atravessou de novo, numa barca, para a outra margem. Uma numerosa multidão se reuniu junto dele, e Jesus ficou na praia. 22Aproximou-se, então, um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Quando viu Jesus, caiu a seus pés, 23e pediu com insistência: “Minha filhinha está nas últimas. Vem e põe as mãos sobre ela, para que ela sare e viva!”
24Jesus então o acompanhou. Numerosa multidão o seguia e comprimia. 25Ora, achava-se ali uma mulher que, há doze anos, estava com hemorragia; 26tinha sofrido nas mãos de muitos médicos, gastou tudo o que possuía, e, em vez de melhorar, piorava cada vez mais.
27Tendo ouvido falar de Jesus, aproximou-se dele por detrás, no meio da multidão, e tocou na sua roupa. 28Ela pensava: “Se eu ao menos tocar na roupa dele, ficarei curada”. 29A hemorragia parou imediatamente, e a mulher sentiu dentro de si que estava curada da doença. 30Jesus logo percebeu que uma força tinha saído dele. E, voltando-se no meio da multidão, perguntou: “Quem tocou na minha roupa?” 31Os discípulos disseram: “Estás vendo a multidão que te comprime e ainda perguntas: ‘Quem me tocou’?”
32Ele, porém, olhava ao redor para ver quem havia feito aquilo. 33A mulher, cheia de medo e tremendo, percebendo o que lhe havia acontecido, veio e caiu aos pés de Jesus, e contou-lhe toda a verdade. 34Ele lhe disse: “Filha, a tua fé te curou. Vai em paz e fica curada dessa doença”.
35Ele estava ainda falando, quando chegaram alguns da casa do chefe da sinagoga, e disseram a Jairo: “Tua filha morreu. Por que ainda incomodar o mestre?” 36Jesus ouviu a notícia e disse ao chefe da sinagoga: “Não tenhas medo. Basta ter fé!” 37E não deixou que ninguém o acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e seu irmão João. 38Quando chegaram à casa do chefe da sinagoga, Jesus viu a confusão e como estavam chorando e gritando.
39Então, ele entrou e disse: “Por que essa confusão e esse choro? A criança não morreu, mas está dormindo”. 40Começaram então a caçoar dele. Mas, ele mandou que todos saíssem, menos o pai e a mãe da menina, e os três discípulos que o acompanhavam. Depois entraram no quarto onde estava a criança. 41Jesus pegou na mão da menina e disse: “Talitá cum” — que quer dizer: “Menina, levanta-te!” 42Ela levantou-se imediatamente e começou a andar, pois tinha doze anos. E todos ficaram admirados. 43Ele recomendou com insistência que ninguém ficasse sabendo daquilo. E mandou dar de comer à menina.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.



Comentário
Jesus vem comunicar a vida
Nesta narrativa de Marcos, minuciosa em detalhes, participam Jairo e sua filha e uma mulher anônima. O número doze (doze tribos de Israel) está associado tanto à filha de Jairo, privilegiada, como à mulher na multidão, oprimida. Jairo e sua filha representam a sinagoga e seus fiéis, que estão nas últimas. A mulher anônima representa a multidão dos excluídos pelo sistema religioso elitista, que Jesus vem libertar. Jesus prioriza a mulher anônima, chama-a de "filha" e a liberta da exclusão decorrente de sua impureza legal. Em continuidade, também atende a "menina", levantando-a. Jesus vem comunicar a vida a todos que o buscam.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O que devo fazer para cativar você?



O pequeno príncipe vivia só em seu planeta. Como não suportou mais a falta de um amigo, saiu à procura, por todo o Universo, de quem o compreendesse e aceitasse sua amizade. Chegou a Terra e ficou parado, próximo a um trigal, à espera de alguém para conversar. Uma raposa apareceu e exclamou:

- Bom dia!

- Bom dia! Quem é você? É tão bonita de se olhar!

- Eu sou uma raposa.

- Você quer brincar comigo, raposa? Eu estou tão triste!

- Eu não posso brincar com você. Ainda não fui cativada.

- O que significa ser cativada?

- É algo que as pessoas quase sempre esquecem. Significa estabelecer laços.

- Estabelecer laços? Como assim?

- Para mim, você é apenas um menininho, e eu não preciso de sua companhia. Para você, eu não passo de uma raposa, mas, se você me cativar, então nós precisaremos um do outro.

A raposa olhou fixamente para o pequeno príncipe durante muito tempo e disse:

- Por favor, cative-me.

- O que devo fazer para cativar você?

- Você deve ser muito paciente. Primeiro você vai se sentar a uma pequena distância de mim e não vai dizer nada. Palavras são fontes de desentendimento. Mas você se sentará um pouco mais perto de mim a cada dia.

Então o pequeno príncipe cativou a raposa. Depois chegou a hora de ele partir.

- Oh! Eu vou chorar! – disse a raposa.

- A culpa é sua. Você mesma quis que eu a cativasse. Adeus!

- Adeus! Antes, vou contar a você um segredo: nós só podemos ver perfeitamente com o coração; o que é essencial é invisível aos olhos. As pessoas se esquecem dessa verdade. Mas você não pode esquecê-la. Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa.

Este questionamento precisa nos acompanhar nas amizades que temos: “O que devo fazer para cativar você?” Vai nos ajudar a sermos melhores uns para com os outros e querer o bem do outro, isso sim é amor.
Não se força a barra para cultivar uma amizade, ela é um presente, é um dom de Deus, é uma graça. Onde estão os seus amigos? Somos eternamente responsáveis por eles… e precisamos tornar visível o que é essencial para nós.
“Amigo fiel é poderosa proteção: quem o encontrou, encontrou um tesouro!” (Eclesiástico 6, 14)

Evangelho de Marcos 5,1-20

30 de Janeiro de 2012
4ª Semana do Tempo Comum



Um homem possesso do espírito imundo [...]. Vendo Jesus de longe, correu e prostrou-se diante dele, gritando em alta voz: “Que queres de mim, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus, que não me atormentes”. É que Jesus lhe dizia: “Espírito imundo, sai deste homem!” [...]. Então, os espíritos imundos, tendo saído, entraram nos porcos; e a manada, de uns dois mil, precipitou-se no mar, afogando-se. Fugiram os pastores e narraram o fato na cidade e pelos arredores. Então, saíram a ver o que tinha acontecido [...]. O que tinha sido possesso foi-se e começou a publicar, na Decápole, tudo o que Jesus lhe havia feito. [...]

Comentário
Constatamos, a partir de nossa experiência existencial, a presença do mal dentro e fora de nós: orgulho, ganância, mediocridade, intolerância e muitos outros espíritos imundos. Lamentavelmente paramos em nossas estreitas e acomodadas constatações esquecendo que Jesus, além de ser compassivo, é mais forte que nossos pecados e erros e está sempre pronto para nos libertar por inteiro. É melhor passar uma vida anunciando tudo o que o Senhor tem feito por nós, do que reféns de nossos demônios!

Heroismo

“O verdadeiro heroismo é aquele que traz um sorriso no rosto
quando o coração esta estraçalhado”

domingo, 29 de janeiro de 2012

Ensina com autoridade


No Evangelho deste domingo, Jesus é descrito por Marcos com dois discursos incisivos: Jesus é o "mestre" que ensina; Jesus é o "libertador" que cura, porque a sua palavra é eficaz.
Jesus ensina com autoridade e ordena com eficácia, e lê, proclama e age, diz e faz, prega e cura. O profeta é aquele que fala "em nome de Deus." Jesus é o verdadeiro grande profeta. Ele ensina com autoridade, por meio de palavras e obras.
No sábado, entra e fala na sinagoga de Cafarnaum. Estão presentes muitas pessoas. Sua palavra provoca uma escuta excepcional. Todos estão de ouvidos bem abertos. Ele fala com autoridade. A sua é uma palavra que gera admiração, porque é novidade absoluta.
Lendo os Evangelhos, vemos que este é o seu estilo constante. Podemos realmente chamá-Lo de “o homem que encanta”. O "maligno" não é tomado de surpresa, mas pela raiva e pelo  ódio. Ele sabe que aquele homem de Nazaré veio para libertar a todos do seu domínio. Chegou a hora de prestar contas com "o Cristo de Deus".
Impõe até mesmo: "manter calado e sair". Esta página  do Evangelho nos põe de costas contra a parede e nos convida a fazer escolhas específicas, que têm o sabor de uma liberdade interior redescoberta, correndo o risco de parecer de outro mundo. Na verdade, nós, cristãos, estamos "no mundo, mas não somos do mundo". Diante de Jesus que ensina, qual é a nossa atitude? Diante de Jesus na sua luta contra o mal, quais os comportamentos que nos são exigidos? "O que tens a ver conosco, Jesus de Nazaré? Viestes para nos destruir?" A palavra de Deus sacode e corta a nossa “tranquilidade” e a "tranquilidade” daqueles que pregam e daqueles que a escutam.
Jesus veio para acender uma esperança no coração de cada homem e de cada mulher. E todos percebem imediatamente que a sua palavra não é aquela dos escribas.  A sua palavra nasce de sua comunhão com o Pai. Esta é a fonte de sua "autoridade". Um anúncio, no entanto, tão reconfortante não é suficiente. Uma boa notícia pode aquecer o coração, pode dar confiança para aqueles que já se resignaram. Mas vem o momento em que você precisa ver sinais concretos daquela mudança que foi anunciada. É exatamente o que Jesus faz "em dia de sábado na sinagoga de Cafarnaum”.
Marcos, no seu texto, é bastante sóbrio nos detalhes: apresenta-nos um homem, "possuído por um espírito imundo", que está ali, na Sinagoga. Ele coloca diante de nossos olhos a ação de Jesus que livra a pessoa do seu sofrimento, da sua dilaceração, de sua escravidão.
E considerando todas as coisas, percebe-se que a descrição daquele homem e da sua doença é genérica. É bom para que todos nós possamos ver Jesus em um gesto que é confiado propriamente a Ele. O gesto de libertação é uma ordem para que o espírito do mal saia daquela criatura; é uma palavra forte que se propõe a trazer libertação e esperança a uma vida ofuscada pela presença mortificante do mal. E naquele mal nos é permitido reconhecer todos os males de que sofrem nossos irmãos, todas as situações de negligência, de abandono, de sofrimento, de tormento, de desânimo.
Em Jesus nos é dado um sinal claro, sem qualquer ambiguidade: Deus não hesita em travar uma luta contra o que nos mantém na escravidão. Deus compromete-se até o fim para nossa felicidade. Por isso é que seu Filho se tornou homem. Por isso não hesitará em lutar contra o mal e contra todo o ódio e brutalidade, contra qualquer mentira. Até ser condenado à morte de cruz. Até derramar o seu sangue. História de um amor que se manifesta com gestos precisos, exigentes, audaciosos. A história de um amor que nos liberta e que nos impele a fazer os mesmos gestos, fazer as mesmas escolhas.

Evangelho de Marcos, 1,21-28

29 de Janeiro de 2012
4º Domingo do Tempo Comum



Dirigiram-se para Cafarnaum. E já no dia de sábado, Jesus entrou na sinagoga e pôs-se a ensinar. Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava  como quem tem autoridade e não como os escribas. Ora, na sinagoga deles achava-se um homem possesso de um espírito imundo, que gritou: “Que tens tu conosco, Jesus de Nazaré? Vieste perder-nos? Sei quem és: o Santo de Deus!”. Mas Jesus intimou-o, dizendo: “Cala-te, sai deste homem!”. O espírito imundo agitou-o violentamente e, dando um grande grito, saiu. Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: “Que é isto? Eis um ensinamento novo, e feito com autoridade; além disso, ele manda até nos espíritos imundos e lhe obedecem!”. A sua fama divulgou-se logo por todos os arredores da Galileia.

LECTIO DIVINA

Leitura: “Todos ficavam admirados com o seu ensinamento, pois ele ensinava como quem tem autoridade, não como os mestres da Lei”.

Meditação: A crítica mais contundente que Jesus fazia aos mestres da Lei era exatamente na linha da autoridade para ensinar. Jesus percebia claramente a dicotomia existente entre o ensino e a prática destes homens. Isto vale para todos nós, pais, professores, governantes, sacerdotes, religiosos, etc. 

Oração: Livra-me, Senhor, da pior das cegueiras, aquela de quem não quer ver nem tirar a “trave do próprio olho”. Livra-me, da hipocrisia!

Ação: Antes de criticar as atitudes dos outros e apontar o dedo, procurarei prestar mais atenção nas minhas palavras e ações, elas podem estar, mais do que eu imagino, depondo contra mim mesmo e o Reino. 




sábado, 28 de janeiro de 2012

Nossa Senhora Aparecida


Amiguinhos vou contar uma história para vocês, como tudo começou…
 João, Felipe e Domingos eram pescadores, quando, em outubro de 1717, o Governador de Minas e São Paulo, Dom Pedro de Almeida Portugal, o Conde de Assumar, veio visitar a cidade de Guaratinguetá.
Então foi pedido aos três pescadores que conseguissem muitos peixes para serem servidos, no jantar, ao Conde de Assumar e seus amigos. Mas, era uma época muito ruim para pescar.
Os três pescadores desceram no Rio Paraíba, acompanhando a correnteza. Jogaram a rede muitas vezes, mas nada conseguiam pescar.
 Chegando ao Porto Itaguaçu, lançaram novamente a rede e sentiram que havia pescado alguma coisa. Surpresos viram que era o corpo da Imagem da Senhora da Conceição.
Lançando a rede mais abaixo, uma surpresa! Uma cabeça de uma Imagem e que se encaixava direitinho no corpo da imagem achado primeiramente.
Embrulharam as duas partes da Imagem em um pano e guardaram, com muito cuidado, no fundo da conoa.
Em silêncio jogaram novamente a rede, quando…MILAGRE!  Parecia que todos os peixes do rio queriam subir na canoa! Foi assim que a Imagem de Nossa Senhora da Conceição, econtrada nas águas do rio, passou a ser chamada de Aparecida.
Assim, os três humildes pescadores guardaram e velaram a imagem numa capela, rezando para Nossa Senhora. A partir daí aconteceram vários milagres, atraindo cada vez mais pessoas para as orações aos pés da Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
Com o crescimento do números de devotos, em 1834, iniciou-se a construção da primeira Basílica e, em 1955 começou a ser construída a Grande Casa da Mãe Aparecida, o Santuário Nacional, que hoje recebe 10,5 milhões de devotos todos os anos.
Isso tudo é fruto da generosidade de muitos devotos que contribuem para a construção e acabamento da Casa da Mãe Aparecida que protege, acolhe e ampara seus fiéis.